terça-feira, 26 de junho de 2007

Qual é a próxima?

Vai ser raro eu escrever algo sobre minha vida pessoal aqui nesse espaço, mas há algo que me suplica: Publique sobre isso Joaquim! Então ta, publico.

Dias atrás eu estava conversando com uma pessoa, muito simpática por sinal, sobre um assunto vago, se eu não me engano sobre solidão coisa e tal. Certamente ela estava precisando ouvir algo que a confortasse e imediatamente eu mostrei a ela o que as pessoas devem fazer para viver bem. O primeiro passo é ter em mente que ser humano foi criado por Deus para relacionar-se com outros e etc. O papo não durou muito e essa pessoa me dispara algo assustador: - Nossa Joaquim você é muito culto!

Eu caí em gargalhadas e isso ficou em mim (Joaquim, uma pessoa culta). Há uns meses atrás já ouvi dos mais absurdos em relação a mim, cito algumas: o Joaquim é correto, culto, experiente (na cama), maduro, mente “velha”, retrô [(e não foi gay que falou isso) e desculpe se soou preconceituoso para alguns], de outro mundo e muitos outros. E o último eu achei o mais espetacular: Culto!

Culto é um ser de educação avançada, devorador de livros que ama Dostoievski, Luiz Fernando Veríssimo, Krakauer, o infeliz do Paulo Coelho (alguém tem que dizer a esse cidadão que serve mais para faxineiro), que participa de feiras de livros, que viaja nas palavras alheias e tenta chegar ao mais próximo do estilo de cada ídolo escolhido.

Não tenho gabarito para me incluir nessa parcela jovem muito bem estudada, pois a única coisa que eu consigo fazer, e muito “male-mal”, é me expressar bem por palavras. Não leio livros, nunca tive esse hábito e não tenho a mínima vontade de seguir o que a maioria aqui faz. Não sou contra a isso e não sou doido o bastante para pensar assim. Prefiro que a juventude atual se entregue em livros do que se matar na frente de vídeo-games e em lan-house.

Eu sou um “pião”, metalúrgico, roqueiro (som do momento: Audioslave) desempregado e talvez um blogueiro fracassado. Sou esperto sim e muito, convivi com a malandragem por muito tempo. Hoje tenho uma vida tranqüila e estou atento aos ensinamentos de Deus. Mas não sou culto, nem correto, nem um ator de filme pornô, nem maduro, nem retrô e nem nada. Eu sou uma pessoa normal que erra muito mais que qualquer um e dou muitas cabeçadas por aí.

E enquanto a leitura? Prefiro as colunas de Paulo Sant'ana, de Ruy Carlos Ostermann ou Arnaldo Jabor, blig do Gomes, Blog do Capelli, Impedimento, o Buteco do Marco com textos econômicos e muito bons ou ler um bom jornal impresso. - Mas Joaquim, diante de tudo isso esqueceu de Ruben Fonseca! Esqueci nada, pois o único livro inteiro que eu li em minha vida foi Bufo & Spallanzani, além de eu ter visto o filme, é o único o que me agradou, me identifiquei com a história e fica por aí.

Mas toda essa inferioridade não me abala, pelo contrário, acho que todas as minhas fontes impressas já está de bom tamanho, é mais divertido.

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